quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
A Mudinha
Minha homenagem a uma figura tipica de João Pessoa,que há muitos anos anda pelas ruas da cidade,uma mulher de coragem e linda por dentro e por fora.
Tem até uma comunidade no Orkut....eita!
Pra todas aquelas pessoas que conhecem ou simplesmente já viram a onipresente Mudinha, já que ela consegue estar em Areia Vermelha, em Tambaú ,na praia, nas casas de shows,na frente das boates, todos ao mesmo tempo.Sem deixar passar o seu habitat natural: a feirinha e arredores. Quem nunca se sentiu perseguido pela Mudinha ao sair de um local badalado de Jampa para outro... caso sua resposta seja negativa... da proxima vez que vc sair... veja se vc consegue ir para algum lugar em que a Mudinha não esteja lhe observando e vendendo suas guloseimas!!! Esta comunidade tambem foi feita para todos os que já compraram alguma vez balas, amendoim ou até ovo de codorna a essa figura que já faz parte do folclore paraibano!!!
Foto de Carla Freire
João Pessoa/Paraíba
O Dali do Repente
Sem título
O meu nome é Zé Limeira
De Lima, Limão , Limansa
As estradas de São Bento
Bezerro de Vaca Mansa
Vala-me, Nossa Senhora
Ai que eu me lembrei agora:
Tão bombardeando a França
Ninguém faça pontaria
Onde o chumbo não alcança
E vou comprá quatro livro
Prá estudá leiturança
Bem que meu pai me dizia:
Jesus , José e Maria,
São João das Orelha mansa
Ainda não tinha visto
Beleza que nem a sua,
De cipó se faz balaio
A beleza continua
Sete-Estrelo, três Maria
Mãe do mato pai da lua
A beleza continua
De cipó se faz balaio
Padre-Nosso, Ave-Maria,
Me pegue senão eu caio
Tá desgraçado o vivente
Que não reza o mês de maio
Sei quando Jesus nasceu,
Num dia de quinta-feira,
Eu fui uma testemunha
Sentado na cabeceira
São José chegou com um facho
De miolo de aroeira
Um dia o Reis Salamão
Dormiu de noite e de dia,
Convidou Napoleão
Pra cantá pilogamia
Viva a Princesa Isabé
Que já morô em Sumé
No tempo da monarquia
Zé Limeira quando canta
Estremece o Cariri
As estrêla trinca os dente
Leão chupa abacaxi
Com trinta dias depois
Estoura a guerra civí
Zé Limeira
Paraíba-Brasil
Foto de Carla Freire/Brasil
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
S.Paulo faz Aniversário
Ser Poeta em São Paulo
Ser Poeta
É ser amada pelo seu anjo estrela
que no escuro clareia a cor do céu
ouvindo trovões, acredita em festas
e ao despencar do coqueiro,
nem sente que raxou a pedra com a mão
Ser poeta
é caminhar pela Av. Ipiranga
e nem perceber que cruzou a São João
porque se encanta com a brilho da lua
sentindo só o cheiro do ser amado
nas calçadas cobertas de lixo humano
Ser poeta
é se atropelar pelas ruas, onde só
há reservas para o império imobiliário
que jorra seus detritos escorregadios
brindando com as chuvas de janeiro
festejando o carnaval em fevereiro
Ser poeta
é salvar as águas de março
e dizer graças a Deus o ano inteiro
Acessa São Paulo, rumo a periferia
Arruma essa tua vida vazia
Porque poeta não é otário
Riso Maria Dersu
25/01/2010
Foto e poesia de Riso Maria Dersu
Pandeiro
Ave inexplicável
O que mais é pássaro neste peixe
Tem escamas douradas e lantejoulas
Adornando as bordas do chafariz
O mais é o vício do incomensurável
Medindo o cumprimento de viver
Sem traumas - sem trompas - sem pudor
O conforto do pandeiro batucado
Reluz como prata lustrada
No sol de enredo carnavalesco
E enfeita com duvidosa plumagem
As ouças de louça das patativas
o que é mais pássaro neste conforto
Passa como o vício do carnaval
E acaba sem qualquer explicação
Camilo Delduque-Brasil
Foto de Carla Freire
(na foto Baixinho do Pandeiro-Paraíba)
sexta-feira, 1 de janeiro de 2010
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